segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Conclusões de dias enferma

A pior etapa rumo à adultez é a consciência de completa solidão. Nos últimos dias, após ser abatida por uma enfermidade a alguns quilômetros de minha cidade natal, na cidade que chamo de novo lar, passei por momentos um tanto quanto ruins e dignos de reflexão. Prezo muito a minha independência, mas naquele estado eu precisava e pedia por ajuda. A verdade nua e cruel é que, apesar disso, a falsa empatia das pessoas que me cercam estava condensada na típica frase "qualquer coisa, estou aqui". É tão fácil mostrar-se solícito e tão difícil fazer-se presente. Eu não precisava de frases de apoio, eu necessitava de companhia física, de ajuda real. A partir disso, depois de dias rebatendo tudo isso em minha mente, cheguei a duas conclusões: A empatia do ser humano, na maioria das vezes, é voltada para os desconhecidos, para os mais distantes, e esquecida perante o ciclo de convívio mais próximo. Realmente não sei explicar esse fenômeno, que me perdoem os cientistas com os funckings embasamentos científicos, mas sei que já existe um ditado popular pra isso ("casa de ferreiro, espeto de pau"). Dizem que isso, na verdade, é simpatia, eu prefiro chamar de "empatia falsiane". Meu outro ponto envolve amadurecimento e vida adulta. Cheguei à conclusão de que adultez é solidão. É aprender que na vida, não importa quantos amigos riam e choram com você e por você, o vazio sempre estará ali. É lutar pelo sentimento de completude mesmo com a ausência. Amadurecimento não é saber viver por si só e ter orgulho disso, é entender as próprias fraquezas e trabalhá-las. Admito que fui envolvida pelo sentimento de tristeza, mas principalmente de desapontamento. Desapontada com a vida adulta e com as tantas pessoas que a aceitam e a replicam sem qualquer questionamento. Talvez eu não saiba mesmo viver... aqui... assim... enfim...

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

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Não sei, ao certo, definir o que sinto. Tenho vontade de apenas desaparecer por alguns instantes, horas, dias... desaparecer. Ao mesmo tempo que quero a sua saudade, torço para não tê-la. Não ter sua resposta poupar-me-ia tempo, energia, saúde mental. Entraríamos novamente no eterno ciclo vicioso das conversas descompromissadas, sob a sombra dos sentimentos, e das minhas ideias fixas, felizmente, críticas.  Sua saudade mata a minha saudade. E me mata. A sua indiferença me mata.

sábado, 4 de junho de 2016

Desabafo

Nos últimos anos, tornei-me uma pessoa bem instável emocionalmente. Um dia bem, noutro dia, devido a um pequeno evento, já sentia uma bad muito forte, daquelas que você não sabe se quer se isolar, ou se precisa de alguém pra desabafar e beber junto (maior erro né, porque só intensifica a bad). Conheci pessoas que me fizeram bem em determinadas situações, ocasiões, mas, ao mesmo tempo, desestabilizaram-me e deram-me (e ainda dão!) um trabalho enorme psicologicamente. Nos últimos meses, tenho trabalhado muito os meus sentimentos, mas quando sinto que evolui em algo, vem uma onda de realidade pra jogar na minha cara o que tenho dificuldade de enxergar. A vida me dá tapas, mas eu faço questão de selecioná-los e esquecê-los. Por quê? A primeira resposta seria porque sou uma idiota; a segunda, porque tem algo que me prende, não me deixa seguir. Você, leitor, não entendeu porra nenhuma, né? Vou explicar melhor (divago demais, eu sei). Eu cometo o mesmo erro várias (várias!) vezes. E isso tem uma explicação. E eu saber essa explicação e permanecer repetindo o mesmo erro, e sentindo, consequentemente, sempre as mesmas merdas de sentimentos me faz muito mal. Uma coisa alimenta a outra, entende? Eu já me sinto mal pelo sentimento, e me sinto mais mal ainda por permitir esse sentimento. Eu não me importo mais com quem ou com o que me deixaram na bad, eu só estou mega cansada de me sentir um lixo. Estou cansada de me permitir isso. Completamente exausta psicologicamente.

PS: Outro dia abordo o tema faculdade... Esse daí vai dar desabafo-testamento =/

domingo, 24 de abril de 2016

Às vezes a angústia, a ansiedade batem tão forte que dá vontade de desistir. Não digo desistir por ir/ fazer algo à contra gosto, mas por não conseguir manter o foco e controlar essa ansiedade tão estranha. Tenho tempo, mas não tenho ânimo. Tenho tempo, mas não consigo controlar meus pequenos impulsos nesses momentos. E após saciar os pequenos impulsos, vem o sentimento de fracasso, de impotência, de incapacidade de controlar as minhas próprias vontades. A ansiedade me ganha pelo cansaço. Físico. Psicológico. Geral.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Ironia com I maiúsculo

It's meee, little ghosts! hahahaha
Meu adeus nunca é, de fato, pra sempre. Meu método "escrever no papel" não foi muito efetivo. Hábitos se criam, mas, antes de tudo, é necessário vontade. Vontade de mudar, vontade de trabalhar, vontade de fazer diferente. Apesar de ter falhado nesse pequeno detalhe, os últimos meses têm sido bem importantes.
Bom, o que me fez voltar exatamente hoje foi a puta ironia em que a vida me colocou. RISOS. Tudo em letra maiúscula mesmo hahahahaha. Sabe aquele momento que você menos espera acontecer? Aquilo que você sempre teve certeza de que nunca (...) aconteceria, acontece? É, público ausente, isso mesmo. A vida veio, em uma boa hora eu diria, agir com extrema ironia comigo. Por que boa? Simples, coleguinhas. Quando você encontra (que finge não te ver - alguém disse imaturidade?) determinada pessoa que você não via há meses (e imaginava que nunca mais encontraria) em um momento de reconstrução e ressignificação pessoal, tudo pode ser visto sob um ângulo bem diferente. Meus pensamentos não são mais os mesmos, meu olhar não é mais o mesmo, minhas vontades talvez não sejam mais as mesmas. Ou seja, eu não sou mais a mesma. A gente muda, se modifica, cresce, se desmorona, se reconstrói, se parte, e a vida sempre continua. Enxerguei você como alguém que passou na minha vida exatamente como você passou por mim naquele dia. Nosso curto (e intenso) período de amizade veio em flashs. Trouxe boas lembranças e, logo depois, as ruins. Revivi alguém que eu era. Frustrações mal resolvidas, sonhos mesquinhos. Sorri ao lembrar de que a transformei em alguém muito melhor (com mais quedas e muito trabalho...).
Afinal, o que eu tenho a dizer? Felicidades, cara! Agradeço por ter me tornado, indiretamente, muito mais forte! Sem rancor, sem pesares. Só amor! Muito amor pra você!
(Pagaria pra ver minha cara, enquanto tentava identificar quem eu estava vendo, e ter certeza de que estava vendo quem estava vendo. Confuso, não é mesmo? Depois de tudo, minha vontade era de rir. Rir pra caralho da vida).

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Bye, little ghosts!

Eu nunca escrevo sobre meus sentimentos no papel. Geralmente, uso esse blog como diário (que não é nada diário). Hoje, vejo que talvez escrever, de fato, todos os dias, possa ser uma forma de me corrigir e corrigir os meus erros. Ler e reler o que fiz, o que deixei de fazer e todas lições que aprendi talvez seja uma forma mais eficiente de equilibrar minhas atitudes, meu comportamento, mas, principalmente, meus sentimentos. Fantasminhas, quero finalizar esse blog com uma frase e um pensamento:

"We accept the love we think we deserve"
e
Quando você se sentir incomodado com algo é porque existe algo dentro de você que está permitindo esse incômodo. A solução é liberar esta trava dentro de você. Geralmente funciona com um belo foda-se. 
E isso aí. Sem mais delongas, 
                                            Nos encontramos pela vida
Obs: a foto é um brinde à vida tomando água em uma taça de cerveja hahaha Tenho que finalizar este blog com estilo né!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Quem sabe...

Meu corpo dói. Esforço-me para enxergar o horizonte. Meus sonhos desintegram-se com um simples toque do pesar. São friáveis ao tempo, ao vazio, ao abandono. É difícil andar. Carrego uma bagagem pesada, árdua de suportar, árdua de digerir. Mais uma vez, perco-me no caminho de volta. Minhas memórias tornam-se obstáculos, intercorrências, atrasos... Quando acertarei os ponteiros do relógio da vida? Como farei do cair parte comum e inerente ao viver? Cansei de esperar por aqui. Vou ali criar meu tempo, meu espaço, minha vida... Quem sabe eu volte, quem sabe a gente se encontre por aí.