sábado, 10 de outubro de 2015
Reflexões de ônibus
Durante mais uma viagem para casa, fiquei pensando em todas as minhas escolhas já feitas nesses dois últimos anos. Fiquei pensando se eu mudaria algo, se eu reconstruiria os acontecimentos de forma diferente. Bem, cheguei a um não. Uma das maiores escolhas que já fiz foi decidir sair do interior e ir pra capital. Isso soa muito novela das 18h, eu sei, mas foi exatamente esse o meu caminho. Eu poderia ter escolhido uma cidade menor, eu poderia ter escolhido um lugar que, aparentemente, mais se parecia comigo. Tudo seria muito mais cômodo pra mim, para uma garota que, apesar de ter conhecido parte do mundo longe de casa, ainda tinha medo do desconhecido, medo de se jogar na vida, medo de uma cidade grande como São Paulo. Os mais livres, mais independentes e seguros de si podem dizer: "nossa, pra quê tanto medo? Bla bla bla". Meus caros, eu sempre fui insegura e sempre deixei claro isso para mim e para o mundo. O bom é que a vida muda e a gente muda com ela. Admito que nesse tempo minha vida não foi apenas flores. O tal período de adaptação até que foi rápido, mas ainda não me sentia em casa. São Paulo não se mostraria pra mim, eu é que deveria ir conhecê-la. E foi o que fiz. Os planos mudaram, os sonhos mudaram, e as pessoas inclusas nesses planos não quiseram fazer parte deles. Cada um tem seu caminho, não é mesmo? Apesar de todas as intercorrências, dos maus momentos e de alguns que amo terem decidido fazer a curva, não me arrependo de nada. Não penso em outras possibilidades, em outros caminhos, já que neste eu tenho crescido bastante, tenho aprendido bastante, tenho alcançado finalmente parte da minha autoconfiança. As mudanças são graduais, é trabalho de formiguinha, mas já me mostra resultados. Viajando para o interior, eu só reafirmo ainda mais parte do meu futuro: meu lugar não é aqui, nem lá. Meu lugar é no mundo!
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