domingo, 5 de julho de 2015

Espécie mesquinha

Boooooooa noite, meus amores lindos (fantasmas, óbvio -.-)!
Bem, vamos ver o que tenho para falar sobre hoje... Acho que tenho algo interessante para compartilhar. É mais uma reflexão do que qualquer outra coisa. Vi uma notícia que me impressionou e me fez relembrar o motivo pelo qual escolhi o curso que faço e possível profissão de atuação. Quando me perguntam o porquê de ter escolhido a medicina, não me fixo a um ponto da minha vida, a um fato do ensino médio. A ideia simplesmente veio com o tempo, sem uma data específica. As ciências médicas possuem tantas áreas, tantas formas de atuação, e, assim, como várias outras profissões, muitas maneiras de se "fazer o bem". Clínica, pesquisa, hospital, ubs... taaantas opções. Independente do porquê da escolha, qualquer estudante ou médico deveriam, no mínimo, gostar de ajudar o outro. Ser ouvinte e prestativo para o outro não deveria ser uma "obrigação", mas um querer. Confusões assim tornam a profissão cansativa, insuportável, vista apenas como fonte de riqueza (super questionável, já que isso só se obtém a longo prazo). Vamos ao ocorrido. Um bandido "x" assalta um ônibus, rouba todo mundo, ameaça uma passageira e é baleado por um policial presente também no ônibus. Bem, analisando a cena, ok, o policial fez o serviço dele, tentou proteger a população (não sei exatamente em qual parte do corpo foi o tiro, mas sei que o policial deveria apenas "pará-lo" com um tiro em região não vital). A passageira, coincidentemente, era médica. Após ver seu assaltante baleado e caído em seu colo, resolveu atuar, não apenas como médica, pela profissão em si, mas como ser humano. Muitas pessoas disseram: "Ahhh, claro, é obrigação dela, ajudar quando ainda há vida". Outros: "Deveria ter deixado morrer, Bandido bom é bandido morto". Para esses últimos, prefiro ignorá-los, excluir seus "feeds", porque né, não sou obrigada. Para os primeiros, eu concordo parcialmente. Claro, a Medicina tem como principal função cuidar, amparar e, se possível, salvar vidas. Tentar salvar uma vida, contudo, não deve ser vinculado apenas a um dever. Ajudar o outro é um exemplo de humanidade, um real sinônimo de se "fazer o bem". Por que pagar na mesma moeda? Por que apoiar a Lei de Talião? (uma das leis mais estúpidas e ogras já criadas)-(pobres ogros... Shrek não merece isso!). Da mesma boca, saem palavras sobre "solidariedade", e, paradoxalmente, "tem que matar", "tem que morrer". Não sei como chegamos a esse ponto, como conseguimos evoluir e decair tanto ao mesmo tempo. Nós, homens, nos achamos tão superiores aos outros animais. Sofremos a mesma pressão seletiva, sobrevivemos em ambientes semelhantes. Ser irracional não nos faz mais evoluídos, apenas mais complexos. E por esse fato, por sermos capazes de nos emocionar e equilibrar razão e emoção (ausentes do total instinto) é que deveríamos agir com mais respeito pelo semelhante e por todos os outros membros da vida. Somos uma espécie tão mesquinha, tão estúpida...
Como disse, só um desabafo, uma reflexão tosca sobre o incidente. Admiro esse exemplo de médica e de ser humano. Fazer o bem é tão simples, tão singelo.
Boa noite, colegas! Um beijo enorme para os fantasminhas que me leem (soquenao!)!

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